Cientistas acham abelhas isoladas por 5 mil anos no Saara

Imagem de satélite mostra o oásis de Kufra. Segundo a Nasa - a agência espacial americana -, os círculos são plantações.

Cientistas encontraram uma população de abelhas que viveu isolada por um período entre 5 mil e 10 mil anos em um oásis no norte do deserto do Saara, na Líbia. Os pesquisadores afirmam que, ao analisar as colônias da espécie Apis mellifera ao redor do oásis de Kufra, descobriram que elas eram geneticamente distintas de outras populações conhecidas. As informações são da BBC.
A pesquisa do DNA das abelhas indica que eles chegaram ao oásis entre 5 mil e 10 mil atrás, quando mudanças climáticas transformaram a savana em deserto - com exceção da área que tinha acesso a água subterrânea. Os insetos ainda não mostraram sinal do Varroa destructor, um parasita que costuma atacar o animal e dizimar colmeias. Segundo a reportagem, as abelhas de Kufra estão isoladas da colmeia mais próxima por cerca de 1 mil km de deserto, onde o animal não consegue sobreviver.

A pesquisa

Os pesquisadores da Universidade Al-Fatah, de Trípoli, na Líbia, analisaram o DNA de abelhas de 16 colônias em Kufra, Brak (outro oásis) e de três locais na costa do país. Eles afirmam que a análise indicou que os insetos da costa têm alta diversidade genética e os de Brak também apresentam relativa diversidade - os apicultores de outras regiões do país visitar constantemente o local.

Já em Kufra, as abelhas apresentaram certos traços genéticos com alta frequência, sendo alguns únicos da população desse oásis. De acordo com os cientistas, esse resultado indica que essas abelhas ficaram isoladas por milênios, quando o deserto as separou das demais.

Os cientistas dizem ainda que, surpreendentemente, a pouca diversificação genética não causou doenças a essa população. Isto indica que Kufra consegue suportar uma população saudável de abelhas.

Os pesquisadores afirmam também que a procura por novos traços genéticos nessas abelhas pode ser útil para a apicultura ao redor do mundo e, por isso, é importante manter o isolamento e preservar esses animais.

Criado nanotecido de proteína que pode ser usado no coração

Cientistas da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, conseguiram reproduzir mecanismos naturais para criar tecidos que superam em elasticidade e resistência qualquer outro material similar.
Construídos inteiramente a partir de materiais biológicos - proteínas - os tecidos artificiais poderão ter uso direto na medicina, repondo tecidos naturais de forma mais segura e sem risco de rejeição.

Nanotecido biológico

Na natureza, as células e os tecidos organizam-se para formar uma matriz de fibras de proteína que, em última instância, determina a sua estrutura e a sua função - como a elasticidade da pele e a capacidade de contração dos tecidos do coração.
"Até hoje tem sido muito difícil replicar essa matriz extracelular utilizando materiais sintéticos," explica o bioengenheiro Adam W. Feinberg. "Mas nós imaginamos que, se as células podem construir esta matriz na superfície de suas membranas, talvez nós pudéssemos construi-la nós mesmos em uma outra superfície."
Foi justamente isso o que Feinberg e seus colegas fizeram. Eles desenvolveram uma matriz que se estrutura sozinha sobre uma superfície termossensível. A composição de proteínas da matriz pode ser ajustada para gerar tecidos com propriedades específicas.
Para recolher o nanotecido, basta alterar a temperatura da superfície onde ele se forma - o material solta-se como se fosse uma folha de papel.

Tecido para remendar o coração

Segundo os pesquisadores, a nova tecnologia poderá ser usada para regenerar o coração e outros tecidos do corpo humano, assim como para fabricar tecidos extremamente fortes e elásticos, com apenas alguns nanômetros de espessura, para várias outras aplicações.
Os métodos atuais para regenerar tecidos biológicos normalmente envolvem o uso de polímeros sintéticos para criar um suporte, uma espécie de andaime, onde o tecido se desenvolve.
Mas esta abordagem pode causar efeitos colaterais conforme o polímero começa a se degradar.
Por outro lado, o nanotecido de proteína é feito das mesmas proteínas que os tecidos naturais e, portanto, o corpo pode descartar qualquer porção do material que deixe de ser necessário, sem gerar efeitos colaterais.
Os testes iniciais permitiram a criação de fibras de músculos cardíacos semelhantes às dos músculos papilares, o que poderá levar a novas estratégias de reparo e de regeneração do coração.

Tecidos de alto desempenho

Os tecidos de alto desempenho são outra aplicação potencial para esta tecnologia.
Alterando o tipo de proteína utilizada na matriz, os pesquisadores podem manipular a quantidade de fios na malha, a orientação das fibras e outras propriedades, de forma a criar tecidos com propriedades novas e com desempenho muito superior aos tecidos sintéticos atuais.
Hoje, uma borracha pode ser esticada em média de 500 a 600 por cento, mas os nanotecidos de proteínas podem ser esticados em até 1.500 por cento.

Cientistas descobrem 100 Novas espécies em floresta no Quênia


Fonte: BBC Brasil

Carro Movido a ar-comprimido IV

Como Funciona? (Continuação)

Motor com calor criogênico

Outra versão de carro movido a ar está sendo desenvolvida por pesquisadores da Universidade de Washington (em inglês) usando o conceito de motor a vapor, com a exceção de que não há combustão. Os pesquisadores usam nitrogênio líquido como propulsor para seu protótipo de carro a ar LN2000. Os pesquisadores decidiram usar nitrogênio por causa de sua abundância na atmosfera - o nitrogênio compõe aproximadamente 78% da atmosfera terrestre - e pela disponibilidade de nitrogênio líquido. Há cinco componentes no motor do LN2000:
  • um tanque de aço inoxidável de 90 l
  • uma bomba que move o nitrogênio líquido para o economizador
  • um economizador que aquece o nitrogênio líquido com calor resultante do escapamento
  • um permutador de calor que ferve o nitrogênio líquido, criando um gás de alta pressão
  • um expansor, que converte a energia do nitrogênio em força utilizável
O nitrogênio líquido, armazenado a -196 ºC, é vaporizado pelo trocador de calor - que é o coração do motor criogênico do LN2000, que recebe este nome devido às temperaturas extremamente baixas nas quais o nitrogênio líquido é armazenado. O ar movido em torno do veículo é usado para aquecer o nitrogênio líquido ao ponto de fervura. Uma vez que o nitrogênio líquido ferve, transforma-se em vapor da mesma forma que a água fervida se torna vapor d'água em um motor a vapor. 

O gás nitrogênio formado pelo trocador de calor é expandido em aproximadamente 700 vezes seu volume quando em estado líquido. Este gás altamente pressurizado é então alimentado ao expansor, onde a potência do gás nitrogênio é convertida em força mecânica para empurrar os pistões do motor. O único resíduo de escape é o nitrogênio, e como este compõe a maior parte da atmosfera, o automóvel emite pouca poluição. Entretanto, estes carros podem não reduzir a poluição tanto quanto você pensa. Enquanto a poluição inexiste no carro, ela pode ser transferida para outro lugar. Assim como com o e.Volution, o LN2000 necessita de eletricidade para comprimir o ar. O uso dessa eletricidade significa que haverá alguma quantidade de poluição em outro lugar. 

Parte do calor resultante da exaustão circula através do motor para o economizador, que pré-aquece o nitrogênio antes deste entrar no trocador de calor, aumentando a eficiência. Dois ventiladores situados na traseira do veículo sugam o ar através do trocador de calor para aumentar a transferência de calor para o nitrogênio líquido. 

Os pesquisadores de Washington desenvolveram um protótipo ainda primitivo de seu carro, usando um furgão de correio Grumman-Olson Kubvan ano 1984 convertido. O furgão tem um motor radial de cinco cilindros que produz 15 cv com combustível de nitrogênio líquido. Ele é também equipado com transmissão manual de cinco marchas. Atualmente, o carro é capaz de percorrer apenas 3,2 km com um tanque cheio de nitrogênio líquido, e sua velocidade máxima é de apenas 35,4 km/h. Entretanto, como o carro movido a nitrogênio líquido será mais leve, os pesquisadores acham que um tanque com 230 l dará ao LN2000 uma autonomia potencial de aproximadamente 320 km. 

Com o preço da gasolina disparando, como vem acontecendo nos últimos anos, não demorará muito para que os motoristas recorram a veículos movidos a combustíveis alternativos. Ainda que os veículos movidos a ar percam terreno para os seus concorrentes movidos a gasolina no que diz respeito a desempenho e potência, eles operam com menor custo e são ecologicamente corretos, o que os torna mais atrativos como o futuro do transporte nas estradas.

Carro Movido a ar-comprimido III

Como Funciona?


O preço da gasolina assusta a cada parada no posto. Mas o custo não é o único problema no uso da gasolina como combustível primário. Ela também prejudica o ambiente e, uma vez que não se trata de um recurso renovável, eventualmente se esgotará. Mesmo o etanol, que é renovável, provoca problemas ambientais.
Uma alternativa possível é o carro movido a ar. Existem pelo menos dois projetos em desenvolvimento para um novo tipo de carro que será movido a ar comprimido. Neste artigo, você conhecerá a tecnologia por trás desses dois modelos de carros a ar comprimido que estão sendo desenvolvidos e saberá como eles poderão substituir o seu "beberrão" de gasolina até o final da década! 

Motor de dois cilindros de ar comprimido


Foto cortesia de Zero Pollution Motors
O e.Volution será capaz de percorrer cerca de 200 km antes de precisar ser abastecido com ar comprimido
Em alguns anos você poderá ver o primeiro veículo movido a ar circulando pela sua cidade. Provavelmente, será o e.Volution , carro que está sendo construído pela Zero Pollution Motors em Brignoles, França. Estes automóveis têm gerado grande interesse nos últimos anos, e o governo do México já assinou um acordo para comprar 40 mil e.Volutions para substituir, na extremamente poluída Cidade do México, táxis movidos a gasolina e óleo diesel.
Os fabricantes promovem o e.Volution como sendo um carro de baixa poluição ou poluição zero. Entretanto, há discussões sobre qual seria o impacto ambiental que esses automóveis movidos a ar causariam. Seus fabricantes afirmam que, como os carros são movidos a ar, eles são ambientalmente corretos. Já aqueles que não são favoráveis ao carro movido a ar dizem que estes automóveis apenas tiram a poluição dos canos de escapamento e a transferem para outro lugar, assim como acontece em uma usina termoelétrica. Estes carros necessitam de eletricidade para que o ar seja comprimido em seus tanques, e é necessário combustível fóssil para produzir energia elétrica (ou a formação de barragens, no caso de usinas hidrelétricas).
O e.Volution é impulsionado por um motor de dois cilindros a ar comprimido. O conceito básico existente por trás do motor é único: ele pode se mover tanto com apenas ar comprimido ou atuar como um motor de combustão interna. O ar comprimido é armazenado em tanques de plástico reforçado com fibra de vidro ou de carbono a uma pressão de 300 bar. O ar é alimentado através de um injetor de ar até o motor e flui dentro de uma pequena câmara, a qual faz o ar se expandir. O ar empurra os pistões e estes empurram o virabrequim, gerando a potência que será usada para mover o carro.

Foto cortesia de Zero Pollution Motors
O escapamento do motor do carro e.Volution, visto aqui, não liberará poluentes
A Zero Pollution Motors também trabalha em uma versão híbrida do seu motor que poderá operar com uma combinação de combustível tradicional e ar. A mudança de fonte de energia será feita eletronicamente. Quando o carro trafegar a velocidades inferiores a 60 km/h, ele será movido a ar. Em velocidades superiores, será movido a combustíveis tais como gasolina, óleo diesel ou gás natural.
Tanques de ar fixados na parte inferior do carro podem comportar cerca de 300 litros de ar. Este ar comprimido pode abastecer o e.Volution por até 200 km a uma velocidade máxima de quase 100 km/h. Quando o tanque estiver quase vazio, você poderá encostar o carro e reabastecer o e.Volution na bomba de ar mais próxima. Usando uma fonte elétrica doméstica, o tanque de ar comprimido levará cerca de quatro horas para ser reabastecido. Entretanto, com uma bomba de alta pressão é possível fazer uma recarga rápida de três minutos.
O motor do carro exige uma pequena quantidade de óleo, cerca de 0,8 l, que o motorista deverá trocar apenas a cada 50 mil km. O carro será equipado com transmissão automática, tração traseira, direção do tipo pinhão e cremalheira e terá uma distância entre eixos de 2,89 m. Ele pesará cerca de 700 kg e terá 3,81 m de comprimento, 1,74 m de altura e 1,71 m de largura.
Em outubro de 2000, o e.Volution fez sua primeira aparição pública em Johanesburgo, África do Sul, na Auto Africa Expo 2000. A Zero Pollution afirmou que o carro seria posto à venda na África do Sul em 2002, mas não disse quando o automóvel estaria disponível em outras partes do mundo. 

Carro Movido a ar-comprimido II

Carro a ar comprimido será produzido no Brasil

A novidade mais recente do mercado mundial de automóveis é o carro movido a ar comprimido. A indústria francesa Motor Develompent International, MDI, veio ao Brasil lançar seu novo veículo.

A apresentação desse ousado projeto foi realizado no Hotel Sheraton Mofarrej, em São Paulo, e surpreendeu os organizadores, já que o grupo português que irá produzir os carros na Europa comprou três das sete licenças para produzir o carro no Brasil. O Grupo VMA Portugal comprou as licenças para a construção das fábricas no Estado de São Paulo e deverá investir cerca de 24 milhões de dólares inicialmente para produzir o carro que funciona com ar comprido.

Trata-se de ar comum, que comprimido em um recipiente, quando é expelido, geral força suficiente para mover os pistões do motor e fazer o veículo andar. De imediato, mais de 1.500 pessoas já se cadastraramm junto a empresa para conseguir um desses veículos. Não há prazo para o início da construção das fábricas, mas se os projetos forem levados adiante, a pretenção da VMA é produzir de 2 a 6 mil veículos por ano.


O motor do novo carro, criado pelo francês Guy Négre não usa gasolina. Seu combustível é o ar comprimido e permite ao novo veículo acelerar somente até 130 km/h, com uma autonomia de 300km com uma recarga dos cilindros de ar.
É um carro utilitário urbano, considerado extremamente econômico. Segundo a empresa, o custo de manutenção desse veículo deverá ficar entre R$3,00 e R$ 4,00 por 200/300km corridos, ou aproximadamente entre 1 e 2 centavos por quilômetro.


Parece utopia, mas já é realidade e em breve deverá estar a disposição dos interessados. O valor estimado desse carro deverá ficar acima dos carros populares, apesar de oferecer menos vantagens. Estima-se algo em torno de R 20 mil. O carro utiliza quatro tanques que armazenam 90 metros cúbicos de ar comprimido a 300 bars. A expansão deste ar, introduzido em um recinto fechado (o cilindro), impulsiona o pistão que gera o movimento. Como não existe combustão, não há poluição. O ar que sai do escape é ar limpo a -15° C .

Fonte: Unisite

Carro Movido a ar-comprimido I


Carros a ar comprimido

Estão chegando ao mercado os primeiros carros movidos a ar-comprimido. Pelo menos ao mercado da Índia, onde a MDI International, pertencente a Guy Négre, ex-engenheiro da Fórmula 1, fechou um acordo com a maior fabricante de automóveis do país, a Tata Motors.
Négre é o responsável pelo projeto do MiniCat e do CityCat, dois pequenos veículos com carroceria em fibra de vidro e cujo motor funciona unicamente com o ar-comprimido armazenado em um tanque muito parecido com o tanque de gás natural já largamente utilizado no Brasil.

Enchendo o tanque com ar

A empresa planeja produzir 6.000 unidades do carro a ar já em 2008, em diversas versões. A carroceria de fibra não é o único fator responsável pelo baixo peso do veículo, que viabilizou a utilização do motor a ar: uma tecnologia de multiplexação permite que todos os equipamentos elétricos do veículo sejam acionados por um único fio - microprocessadores identificam quando o comando se refere à lâmpada do pisca-pisca ou ao limpador de para-brisas, por exemplo. Só no chicote elétrico, um dos componentes individuais mais caros de um automóvel, foram economizados 22 quilos.

Os pequenos carros a ar-comprimido atingem velocidades de até 110 km/h, com uma autonomia de 200 quilômetros. O reabastecimento é fácil e rápido, podendo ser feito em poucos minutos em estações dotadas de compressores industriais.
Mas o proprietário também tem a alternativa de recarregar o tanque em casa mesmo, utilizando um pequeno compressor embutido no veículo. Nesse caso, a recarga do tanque leva quatro horas.

A Tata Motors tem uma joint-venture com a Marcopolo, fabricante brasileira de carrocerias para ônibus. Não foram divulgadas informações sobre a possibilidade de que o carro a ar-comprimido venha a ser fabricado no Brasil.





Dispositivo cardíaco testado pela primeira vez oferece terapia inédita

Tecnologia pode ajudar pacientes e médicos a monitorarem a saúde do coração e pode afetar a progressão da insuficiência cardíaca.

 

Cardiologistas da Universidade de Rochester, nos Estados Unidos, são os primeiros no país a se matricularem em um ensaio clínico, que testa um novo sistema para pacientes com insuficiência cardíaca congestiva. O dispositivo cardíaco implantado no paciente irá ajudar os médicos a acompanharem mais de perto o estado de saúde diário do coração e, potencialmente, pode ter um impacto mais eficiente na progressão da insuficiência cardíaca, já que oferece um tratamento personalizado.
A tecnologia visa orientar os tratamentos terapêuticos de forma mais rápida e evitar episódios de agravamento da insuficiência cardíaca, melhorando os sintomas e reduzindo a necessidade de hospitalização repetida.
O ensaio LAPTOP-HF (Terapia de Monitorização da Pressão Atrial Esquerda para Otimizar a Insuficiência Cardíaca) é uma investigação aleatória e multi-cêntrica, em que os participantes são escolhidos para receber o sensor implantável, juntamente com o dispositivo de mão sem fio, que recolhe os dados do sensor e fornece essa informação, assim como as recomendações médicas sobre medicamentos, diretamente ao paciente.

Atualmente, as decisões médicas são guiadas, principalmente, pelos sintomas relatados pelo paciente, tais como falta de ar, diminuição da capacidade de exercício, inchaço dos tornozelos, fadiga e fraqueza. Usando essa nova tecnologia, um diagnóstico pode ser feito em relação a piora da insuficiência cardíaca e pode, por exemplo, levar a uma alteração na dosagem da medicação.
O estudo pode permitir que pacientes e médicos tomem consciência mais cedo de mudanças sutis no corpo, e estimulem a aplicação de novos tratamentos antes que os sintomas comecem ou se tornem mais graves.

"Esta tecnologia, se provar ser eficaz em ensaios clínicos, pode, eventualmente, melhorar a qualidade de vida dos pacientes e mantê-los fora do hospital", disse o cardiologista, Spencer Z. Rosero. "Esta abordagem é claramente pró-ativa e é um passo importante para a vigilância personalizada da saúde, que se concentra em fornecer aos próprios pacientes, informações em tempo real e um controle sobre seus medicamentos." 

Fonte: Isaúde

Tartarugas da Amazônia se comunicam oralmente, indica pesquisa

Estudo identificou sete sons distintos emitidos pelos animais. Cientistas usaram microfones submersos para registrar a comunicação.

 
Tartarugas colocam ovos em bancos de areia na Amazônia.


Pesquisa realizada pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) e divulgada nesta quarta-feira (23) aponta que tartarugas podem se comunicar oralmente. Após dois anos de estudo, o projeto Comunicação Subaquática em Tartarugas da Amazônia, coordenado pelo cientista Richard Carl Vogt, conseguiu identificar sete sons diferentes emitidos pelos animais.

De acordo com informações divulgadas pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), as tartarugas também são sensíveis aos sons quanto estão embaixo da água. Para chegar a esta conclusão, a equipe realizou experiências em laboratório e em ambientes naturais. Também fizeram testes em regiões com animais em cativeiro, como na cidade de Manacapuru, no Amazonas.

Durante a experiência, os pesquisadores usaram microfones submersos em
piscinas e compararam as gravações com sons registrados na natureza.

Segundo a pesquisa, a "fala" das tartarugas pode ser percebida dentro e fora da água. O processo sonoro, no entanto, é diferente do que ocorre com araras e papagaios, segundo o cientista.

O estudo foi apoiado pelo Ibama e realizado com R$ 45 mil, financiados pela Fapeam.

Fonte: Portal MS

Bactéria e a sua PELE

Análise genética de microrganismos mostra diversidade maior do que a esperada pelos cientistas


A pele humana é habitada por uma diversidade de bactérias muito maior do que se acreditava. É o que mostra a análise genética de microrganismos coletados em várias partes da superfície do corpo de pessoas saudáveis. O estudo, publicado esta semana na Science,fornece dados que podem ajudar no desenvolvimento de estratégias de tratamento e prevenção de doenças da pele.

Por ser a interface entre o corpo humano e o meio externo, a pele é uma das primeiras linhas de defesa do organismo contra a entrada de agentes patogênicos. Para compreender melhor a relação entre as células da pele e os milhões de micróbios que vivem sobre sua superfície, cientistas norte-americanos decidiram investigar o genoma de todos esses microrganismos. “Caracterizar a microbiota que habita locais específicos pode fornecer pistas sobre o delicado balanço entre a saúde da pele e a doença”, dizem no artigo.

“Esperamos que nossos dados acelerem esforços para entender os complexos fatores genéticos e ambientais envolvidos em doenças que afetam a pele, como eczema, psoríase, acne, infecções resistentes a antibióticos e muitas outras”, diz uma das autoras do artigo, Julia Segre, pesquisadora dos Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos (NIH).

O estudo faz parte do Projeto Microbioma Humano, conduzido pelo NIH. Essa iniciativa tem como objetivo descobrir quais comunidades microbianas estão presentes em diferentes partes do corpo humano e como elas mudam com a ocorrência de doenças. Além da pele, a pesquisa inclui o nariz, o trato digestivo, a boca e a vagina.

Os resultados recém-divulgados fornecem dados sobre a variedade e a distribuição das bactérias na superfície do corpo e identifica os locais com maior e menor diversidade de espécies microbianas.
A equipe usou tecnologias modernas de sequenciamento genético e análise computacional para identificar bactérias de 20 diferentes partes do corpo de 10 voluntários saudáveis. As áreas selecionadas são predispostas a contrair doenças associadas à atividade de micróbios e se encaixam em três perfis diferentes: oleosas, úmidas e secas.

Diversidade inesperada
 
Os pesquisadores identificaram mais de 112 mil sequências genéticas bacterianas e, a partir delas, detectaram bactérias de 205 gêneros diferentes, pertencentes a 19 filos. Os métodos tradicionais usados até então, baseados no cultivo de amostras microbianas em laboratório, tinham resultados bem mais modestos: a nossa pele seria dominada por bactérias do gênero Staphylococcus, com pouca variação adicional.

Segundo o estudo, a diversidade de bactérias seria influenciada principalmente pela localização do corpo. Áreas secas e úmidas da pele têm uma variedade maior de micróbios do que as oleosas. As comunidades bacterianas mais diversas estão localizadas na parte interior do antebraço, que apresentou em média 44 espécies. As menos diversas estão atrás das orelhas, área em que foi identificada uma média de 15 espécies.

A análise mostrou também que regiões com características parecidas abrigam comunidades bacterianas similares. Além disso, grupos de bactérias presentes em uma parte específica do corpo são geralmente semelhantes em todas as pessoas. Já as diferenças entre as partes do corpo de uma mesma pessoa são muito maiores. “Axilas úmidas e com pelos, por exemplo, ficam a uma curta distância de antebraços lisos e secos, mas esses dois locais são tão ecologicamente diferentes quanto florestas tropicais e desertos”, explicam os pesquisadores no artigo.

Para verificar se o microbioma da pele poderia se alterar ao longo do tempo, a equipe avaliou novamente amostras de metade dos voluntários, cerca de quatro a seis meses após a primeira coleta. Os cientistas descobriram que a maior parte das novas amostras se assemelhava mais às coletadas anteriormente no mesmo indivíduo do que às de outros voluntários.

O estudo revelou ainda que o vinco de pele que fica do lado de fora do nariz é o local com a comunidade microbiana mais semelhante à encontrada dentro do nariz. Em uma parcela significativa da população, as vias nasais abrigam colônias de Staphylococcus aureus resistente à meticilina, uma superbactéria geralmente associada a infecções hospitalares. As novas informações podem ser úteis para o combate a esse microrganismo que vem preocupando cada vez mais os agentes de saúde pública. 


Fonte: Ciência Hoje Online 

Peixe recém-descoberto está ameaçado por vazamento no Golfo

Espécie poderia desaparecer antes mesmo de sua existência ser reconhecida oficialmente.
 
Uma espécie de peixe descoberta há pouco tempo no Golfo do México já corre o risco de desaparecer por causa do vazamento de petróleo da BP, segundo pesquisadores da Louisiana State University (LSU), nos Estados Unidos.

O halieutichthys aculeatus, chamado em inglês de pancake batfish ("peixe-morcego panqueca", em tradução livre), vive a cerca de 400 metros de profundidade. A espécie foi descoberta há cerca de seis meses pelo biólogo Prosanta Chakrabarty, da Universidade do Estado da Louisiana (LSU, na sigla em inglês).

Duas espécies do peixe-panqueca foram descobertas há seis 
meses e já correm risco de desaparecer. 
Duas espécies do peixe-panqueca foram descobertas há seis meses.
O peixe leva este nome por ser achatado e redondo como uma panqueca, apesar de ser muito menor que uma. Segundo Chakrabarty, "se você faz um formato oval com seu dedão e o dedo indicador, você tem aproximadamente o tamanho dele".

"Eles são realmente esquisitos", afirmou o biólogo. "Muita atenção é dada à carismática megafauna, as baleias e as tartarugas, mas nós não podemos dizer o que está acontecendo abaixo da superfície."

Chakrabarty alerta que o vazamento de petróleo está ocorrendo no nível do habitat destes peixes, o que pode dizimar a espécie no Golfo do México.

Alimento de atum
 
O peixe passa a maior parte de seu tempo descansando sobre o fundo arenoso do Golfo do México, já que ele não nada, mas pula sobre o solo com a ajuda de nadadeiras.
"Durante minha expedição pela LSU nós pescamos cerca de 100 mil peixes e apenas três eram peixes-morcego panqueca. É difícil estimar qual é a população deste tipo de peixe, mas se eles são raros em museus, eles devem ser raros no mar", disse Chakrabarty.

De acordo com o biólogo, a BP e o governo pioraram a situação para as espécies que vivem no fundo do mar ao injetar imensas quantidades de químicos para dispersar a mancha de óleo.

"Apenas porque é abaixo da superfície não quer dizer que não está causando danos. Significa apenas que nós não sabemos quais são as consequências", afirmou Chakrabarty à estação de rádio pública americana NPR, que traz em seu website um quadro com a contagem em tempo real da quantidade de petróleo vazada no oceano.

A cientista Samantha Joye, da Universidade da Geórgia, faz parte de uma equipe de pesquisadores que está mapeando uma imensa mancha de água poluída a cerca de 20 km a oeste e sudoeste do poço que está vazando.

Esta mancha teria mais de 3 km de extensão e cerca de 600 m de profundidade.
"Quanto mais perto do poço as amostras foram coletadas, maior a concentração de óleo e gás. Outros cientistas independentes encontraram diversas outras manchas, e cientistas do governo também estão fazendo essas buscas. Mas até agora, a BP diz que não pode confirmar que a (plataforma que explodiu e afundou) Deepwater Horizon está criando grandes manchas submarinas", afirmou Joye à NPR.

Apesar de não se saber ao certo em que nível da cadeia alimentar o peixe-morcego panqueca se encontra, alguns foram encontrados nos estômagos de atum e do marlim.
Chakrabarty, que pretende registrar a descoberta da espécie em agosto, diz que até lá é capaz de o peixe não existir mais.

A possibilidade da espécie desaparecer está alarmando os cientistas, que dizem ser impossível estimar os impactos do vazamento da BP em longo prazo.


Café e chá protegem contra problemas cardíacos, diz estudo

Tomar várias xícaras de café ou chá por dia pode proteger o consumidor de doenças cardíacas, segundo um estudo holandês realizado durante 13 anos.

As pessoas que tomavam mais de seis xícaras de chá por dia reduziram o risco de doenças do coração em um terço, segundo a pesquisa, que envolveu 40 mil pessoas.
O consumo de dois a quatro cafés por dia também estaria ligado a um risco menor.
Enquanto o efeito protetor cessava com mais de quatro xícaras de café por dia, até aqueles que bebiam esta quantidade não apresentavam riscos maiores de morrer por nenhuma causa, incluindo derrame e câncer, do que aqueles que não bebiam nada. Os holandeses costumam tomar café com uma pequena quantidade de leite e chá sem leite. Houve descobertas conflitantes sobre a influência do leite nos polifenóis, considerados a substância mais benéfica encontrada no chá.

O café tem propriedades que poderiam em teoria aumentar e reduzir os riscos simultaneamente - potencialmente aumentar o colesterol ao mesmo tempo em que combate o prejuízo inflamatório associado à doença cardíaca. Porém, o estudo publicado no Journal of the American Heart Association concluiu que os que tomavam entre dois e quatro xícaras por dia diminuíam os riscos da doença em 20%. "É basicamente uma história de boas notícias para aqueles que gostam de chá e café. Estas bebidas parecem oferecer benefícios para o coração sem aumentar o risco de morte de alguma outra causa", afirmou Yvonne van der Schouw, que liderou a pesquisa.

Ellen Mason, da British Heart Foundation, disse que o estudo reforça os indícios de que tomar chá e café em moderação não é prejudicial à maioria das pessoas e pode até reduzir o risco de desenvolver, ou morrer, de doenças cardíacas. "Porém, é bom lembrar que levar uma vida saudável é o que realmente importa quando se quer deixar o coração em boas condições. Fumar um cigarro com seu café cancelaria completamente qualquer benefício, e tomar muito chá em frente à televisão durante horas sem fim sem se exercitar provavelmente não protegeria muito seu coração", afirmou Mason.


Fonte: BBC Brasil Online

Microbiologia

Basicamente, MICROBIOLOGIA1 é o estudo dos microrganismos. E microrganismos são as formas de vida que, originalmente, só poderiam ser vistas com o auxílio do microscópio óptico (posteriormente, com o microscópio eletrônico). Elas incluem Bactérias, Fungos, Vírus, Protozoários, Algas unicelulares, Viróides e Prions. Uma maneira de compreender melhor essas divisões está representada na tabela abaixo:

1 - A palavra MICROBIOLOGIA (introduzida em 1899) vem da junção do elemento de composição grego mikrós- , que significa pequeno e é utilizado em inúmeros vocábulos eruditos, principalmente a partir do séculos XIX, e -biologia (grego bíos, vida + grego lógos,estudo, tratado).

Tabela 1 - GRANDES GRUPOS de microrganismos

Microrganismos Celulares Microrganismos2 Acelulares
Bactérias Vírus
Fungos Viróides
Algas unicelulares Prions
Protozoários

2 - A rigor, o termo "organismo" pressupõe uma certa complexidade, coisa que viróides, prions e mesmo alguns; vírus não possuem; no entanto, por questões didáticas, serão assim referidos.

Tabela 2 - ESCALA: uma vez que a base desta disciplina é lidar com seres microscópicos, é importante ter uma noção da escala de tamanho e das diferentes unidades métricas:

Unidade métrica Símbolo Equivalência
Micrômetro µm milésima parte do milímetro
Nanômetro nm milésima parte do micrômetro
Angstrom Å décima parte do nanômetro


Tabela 3 - Abaixo, alguns exemplos de TAMANHO:
Foi mantida uma única unidade métrica para permitir uma comparação entre os diferentes microrganismos; é importante salientar, no entanto, que a unidade usada normalmente para os vírus é o nanômetro.


Microrganismo Tamanho
Staphylococcus sp(bactéria) 1,5 µm
Rickettsia sp (bactéria) 0,3 µm
Mycoplasma sp (bactéria) 0,3 µm
Clostridium sp (bactéria) 3 a 10 µm
Bacillus sp (bactéria) 3 a 9 µm
Cryptococcus sp   (fungo) 2 a 15 µm
Candida sp   (fungo) 4 µm
Aspergillus sp   (fungo) 3 a 15 µm
Família Picornaviridae   (vírus) 0,028 µm
Família Retroviridae   (vírus) 0,1 µm
Família Herpesviridae   (vírus) 0,2 µm
Família Poxviridae   (vírus) 0,23 a 0,4 µm
Família Rhabdoviridae   (vírus) 0,18 µm

Tabela 4 - Embora sejam sempre lembrados como causadores de doenças e tidos como "inimigos", apenas uma parcela muito restrita do total está relacionada com as doenças humanas,  animais e vegetais. A tabela abaixo lista alguns dos BENEFÍCIOS que os microrganismos trazem para o homem e para todo o planeta:

GRUPO
IMPORTÂNCIA
  Bactérias
- Produtores de antibióticos e antifúngicos
- Fixadoras de nitrogênio
- Controle biológico
- Produtores de alimentos: iogurte
- Produtores de ácidos e vitaminas
- Sintetizadores de hormônios por engenharia genética
  Algas
- Fotossintetizantes
  Vírus
- Controle biológico
- Engenharia genética (vetores de terapia genética)
  Microrganismos          marinhos
- Base da cadeia alimentar
  Fungos
- Produtores de alimentos: queijos, cerveja, pão, vinho, rum, uísque.
- Produtores de antibióticos e antifúngicos
- Maiores decompositores do planeta
- Controle biológico

Tabela 5 - E abaixo são listadas algumas das principais DOENÇAS humanas, animais e vegetais de origem infecciosa:

Doença Causador
AIDS 1,5 µm
Antrax 0,3 µm
Botulismo 0,3 µm
Brucelose 3 a 10 µm
Cancro das hastes 3 a 9 µm
Cinomose 2 a 15 µm
Febre aftosa 4 µm
Ferrugem do café 3 a 15 µm
Gonorréia 0,028 µm
Gripe 0,1 µm
Hepatite 0,2 µm
Herpes Zoster 0,23 a 0,4 µm
Leptospirose 0,18 µm


Gato - Mourisco

Ficha Técnica


Nomes Comuns: Gato Mourisco ou Jaguarundi
Nome Científico: Herpailurus yaguaroundi
Reino: Animalia
Classe: Mammalia
Ordem: Carnivora
Família: Felidae
Género: Herpailurus
Espécie: H. yaguarondi

Características

Comprimento de 55 a 77 cm, 40 cm de cauda e pesa 6 kg, com um período de gestação de 72 a 75 dias com ninhadas de 2 ou 3 filhotes. Tem orelhas e pernas curtas e pelagem de coloração marrom pardacenta uniforme, salpicada com pontinhos mais claros na maior parte do corpo (a ponta dos pelos é de cor mais clara), havendo muita variação individual. O jaguarundi tem o hábito de viver em bordas de banhados, beira de rios ou de lagos, sendo também encontrado em lugares secos, com vegetação aberta. Sua alimentação pode ser tanto de mamíferos como de aves, porém dando preferência a presas de grande porte. Um jaguarundi torna-se adulto ao completar dois anos.

Sobre ele

Quase todas as espécies de felinos sul-americanos estão ameaçadas de extinção devido a caça sistemática que têm sofrido. O gato mourisco, ou jaguarundi, não é pintada, como a dos outros felinos sul-americanos, e a curta, cerrada e de cor castanho-acinzentada. A ponta dos pelos é preta, enquanto a base é mais clara.
Essas alterações de cor provocam, durante muito tempo, a crença de que havia várias espécies de jaguarundi. 
 
Atualmente, sabe-se que existe apenas uma espécie, encontrada do sul dos Estados Unidos até o norte da Argentina. Seu corpo é alongado e a cauda comprida, em fuso (veja imagem a cima - Herpailurus yaguaroundi), lembrando uma marta. A cabeça é curta, as orelhas pequenas e os olhos bem voltados para a frente, com pupilas redondas.
 
O jaguarundi é mais ativo durante o começo e o fim do dia. Alimenta-se de todo o tipo de animal, desde que seja menor que ele, mas principalmente aves e roedores. Quando acusado, enfrenta qualquer adversário. Pouco antes de nascerem os filhotes, a mãe se instala numa toca bem escondida, algumas vezes sob uma moita.

O Ratel

Ficha Técnica

Nomes Populares: Ratel Africano e Honey Badger
Nome Científico: Mellivora capensis
Reino: Animalia
Classe: Mammalia
Ordem: Carnivora
Família: Mustelidae
Subfamília: Mellivorinae

Características
Comprimento de cerca de 90 cm mais 30 cm de cauda, garras afiadas e vive em tocas de 1,80 m de profundidade, de onde saem sete ou oito túneis.Ocorre na maioria da África e no Oeste e Sul da Ásia
Sobre ele

É a única espécie classificada no gênero Mellivora e na subfamília Mellivorinae. Parente próximo do texugo, o ratel africano é o maior dos mustelídeos depois do carcaju ou glutão, um animal feroz do extremo Norte. Como outros membros de sua família, o ratel é um lutador disposto a atacar quase qualquer animal. O ratel africano é baixo e corpulento, suas pernas são pesadas, curtas e curvas. s mandíbulas são fortes e os olhos pequenos e brilhantes. Os lábios carnudos às vezes parecem estar rindo. É um grande caçador de ratos. As três variedades principais, encontradas no Congo, na África oriental, e no sul da Índia, tem pelame preto lustroso. A variedade senegalesa tem uma mancha branca grande que lhe assenta como um capuz sobre a cabeça, os ombros e o pescoço.

O ratel africano caça à noite. Movimenta-se tratando, com o nariz voltado para o chão, farejando ratos, coelhos novos, caracóis ou lesmas. Como o texugo, gosta muito de mel. Ele é guiado por pássaro pequeno, chamado indicador, que lhe mostra o caminho até as colmeias feitas em árvores ocas. Ali, o ratel africano usa suas patas cujas garras funcionam como pás, cava os favos e lambe todo o mel, e o pássaro fica com as sobras.

Ataca e mata basicamente qualquer coisa que se movimente e demora apenas 15 minutos para comer uma cobra de 1,50m, ele possui um diferencial dos outros animais que é uma inteligência e facilidade para achar os pontos fracos dos oponentes rapidamente e assim obter sucesso na caça e na captura de suas presas, mas quando é defrontado por um outro macho da mesma espécie, ele comumente ataca primeiramente os testículos. 

Ele é um dos únicos animais que usam ferramentas, por exemplo uma pilha de toras como escada. Aparenta não ter critérios de seleção para aquilo que ataca, bastando estar no seu alcance visual (ou de ataque), comendo assim insetos, mamíferos, lagartos e répteis. Conseguindo até matar um crocodilo adulto.

Alguns Vídeos dele

 



Cientistas decodificam o código genético do dromedário

Espécie de camelo tem apenas uma corcova e é comum na Arábia. Pesquisadores querem entender como animal vive em ambientes desérticos.
Dromedário 
Vinte trabalharam juntos para decodificar DNA do dromedário.

Cientistas da Arábia Saudita e da China anunciaram, nesta quarta-feira (9), a conclusão do mapeamento do genoma do dromedário. Vinte cientistas sauditas da Cidade Rei Abdulaziz de Ciência e Tecnologia e chineses do BGI de Shenzen - ex-Instituto Genômico de Pequim - levaram mais de um ano para decodificar o código genético inteiro de um dromedário ou camelo árabe (Camelus dromedarius), que tem uma única corcova, espécie nativa onipresente na península arábica.

"O camelo árabe entrou no clube altamente exclusivo dos poucos mamíferos que tiveram seu genoma completamente sequenciado e analisado", comemoraram os dois institutos em um comunicado conjunto.

Sobrevivência no deserto

O sequenciamento e a análise do genoma completo do camelo, que tem "similaridades consideráveis" com o gado, poderiam levar à melhor compreensão da habilidade do camelo em sobreviver no hostil ambiente do deserto, afirmaram.

Revelar a genética que sustenta o sistema imunológico do camelo pode levar a descobertas médicas, e os dados do genoma também podem ajudar os cientistas a compreenderem melhor como este mamífero produz seu leite altamente nutritivo, valorizado pela medicina.
"O sequenciamento do genoma do camelo, desenvolvido por KACST e BGI contribuirá enormemente para a pesquisa genômica e pós-genômica mundial", disse o presidente do BGI, Jian Wang.

"Pretendemos expandir nosso conhecimento sobre as características fisiológicas e bioquímicas do camelo e levá-las à aplicação para o benefício da humanidade", disse.

Fonte: G1 - Mundo