Baleias

SUBORDEM MYSTICETI (Baleias de Barbatanas) 

 Os misticetos ou mistacocetos, são na sua maioria grandes baleias que não apresentam dentes. No lugar destes, possuem compridas fileiras de cerdas - as "barbatanas" - que pendem do céu da boca em posição lateral. A função destas cerdas é a retenção de alimentos. 

 A alimentação dos mistacocetos consiste basicamente de organismos planctônicos,especialmente pequenos crustáceos do gênero Euphasia que abundam nos mares mais frios, e algumas espécies costumam predar sobre cardumes de peixes de pequeno porte. No ato da alimentação, o animal enche a boca de água, "filtrando" o alimento ao expelir a água através das cerdas já mencionadas.

Orca
Por que assassina ?
Pelo fato de se alimentar de animais de sangue quente e ser uma caçadora ágil e intrépida, a orca recebeu a infeliz denominação de baleia-assassina. Muitas pessoas temem sua ferocidade, mas isso não faz sentido. A orca captura e mata sua presa para alimentar-se e sobreviver. Além disso, o homem não está incluído em sua dieta. Assim como todas as outras espécies de baleias, a orca obedece as leis da natureza, mantendo o equilíbrio do ecossistema marinho. Nesse ecossistema, a orca é o topo da cadeia alimentar. Ela não mata por prazer, mas sim para suprir suas necessidades vitais. No mundo não foi comprovado nem registrado oficialmente algum caso de ataques de orcas ao ser humano. Infelizmente, a situação que ocorre é totalmente contrária. O homem é o único animal que caça por prazer, por esporte, por divertimento e ganância, sem nenhum controle. 


Ficha Técnica

Reino: Animmalia
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Ordem: Cetacea
Subordem: Odontoceti
Família: Delphinidae
Gênero: Orcinus
Espécie: Orcinus orca
Tamanho: comprimento do corpo 6,5 a 8,0 m Peso: 2,5 a 7 toneladas
Coloração: dorso e flancos pretos; ventre branco, estendendo-se na forma de lobos sobre o flanco; mancha branca oval acima e atrás dos olhos; sela cinza indistinta sobre o dorso, atrás da nadadeira dorsal.
Distribuição: todos os oceanos e mares, dos trópicos aos pólos
Tam. do grupo: pequenos a grandes grupos
Dieta: peixes, lulas, focas, golfinhos e toninhas; também pinguins, tartarugas-marinhas, e grandes baleias
Reprodução: não-sazonal; somente um filhote por vez
Longevidade: machos chegam a 50 anos, fêmeas chegam a 80 anos
Situação atual: não ameaçada



Habitat
A orca pode ser encontrada em todo o planeta, apesar de sua distribuição desigual. Vista com mais frequência em águas mais frias (em particular em regiões polares) do que em águas subtropicais ou tropicais. Prefere águas mais profundas e costuma navegar próximo à costa, na rebentação, até o perímetro de aproximadamente 800 km da costa. Não faz longas migrações como as baleias-azuis, por exemplo, e são habituadas a navegar entre blocos de gelo flutuantes nas águas gélidas, onde procuram presas. Estudos realizados no litoral noroeste dos EUA e Canadá mostram que existem dois tipos diferentes de orcas, as transeuntes e as residentes, com diferenças físicas e comportamentais. As transeuntes formam bandos pequenos (1 a 7 orcas por grupo), percorrem uma área maior, alimentam-se de outros mamíferos emitem sons com menor frequência e quando nadam, mudam abruptamente de direção, costumam permanecer sob a superfície da água entre 5 a 15 minutos, subindo nos intervalos para respirar. Possuem barbatanas dorsais mais pontiagudas do que as residentes. As residentes formam bandos maiores, geralmente tendo de 5 a 25 orcas no grupo, percorrem uma área menor, alimentando-se de peixes. Emitem sons mais longos, têm rotas de navegação previsíveis e raramente passam mais de cinco minutos embaixo da água.

Comportamento
Diferente dos golfinhos, as orcas não costumam acompanhar os navios, mas são frequentemente vistas dando saltos, batidas de cauda e peito na superfície da água e se esfregando no leito marinho, próximo às praias. Talvez esse costume seja para "coçar" o corpo e retirar camadas mortas de pele. Outras características comportamentais incluem nadar velozmente, no momento em que as orcas sobem à superfície para respirar, a "imobilidade", o bando sobe à superfície sincronizando o movimento e ocasionalmente a "batida de nadadeira dorsal", quando a orca movimenta uma das nadadeiras peitorais, fazendo o corpo girar e bater a nadadeira dorsal na superfície da água. Podem viajar numa velocidade de até 55 km/h. O sopro - um jato de água que é atirado pelo orifício nasal do animal -, quando baixo e denso, é muitas vezes visível no ar frio.
Alimentação

A orca é um predador versátil, alimenta-se de uma diversidade enorme de animais, desde lulas, peixes e aves, até focas, golfinhos e tartarugas-marinhas. Em bando, são capazes de abater baleias de grande porte, como a azul. Várias espécies de baleias e golfinhos costumam conviver junto às orcas, aparentemente sem receio, e parecem saberem instintivamente que não há perigo de serem atacados. A orca é um dos raros cetáceos que nadam até a praia com o objetivo de alimentar-se. Arrastam-se pelo leito, afim de apanhar filhotes de leões-marinhos e outros mamíferos de porte equivalente a este. Depois utilizam as nadadeiras peitorais para se virar e com alguns impulsos de corpo, atingem o mar aberto novamente, com a presa entre os dentes. Alguns filhotes, ao aprenderem com suas mães esta técnica, acabam encalhando na praia. 


 Comunicação Social



 Os odontocetos apresentam um grande repertório sonoro. Os sons variam de espécie para espécie.
Em alguns casos, grupos diferentes podem apresentar vocalizações diferentes. Cada indivíduo dentro de um grupo pode ser um som característicocaracterísticas, facilmente reconhecidas quando são ouvidas.
É isso que as pesquisas mais recentes vêm tentando desvendar: a linguagem dos golfinhos.
As belugas, também conhecidas como baleias-brancas, apresentam um repertório sonoro particular. Elas estão distribuídas apenas no Hemisfério Norte, próximo ao pólo. Após vários estudos de suas vocalizações, elas receberam a designação de "canários do mar", pois os sons que reproduzem se assemelham a cantos de canários.

Orca: a baleia que não é assassina!


  Pelo o fato de se alimentar, em alguns casos, de animais de sangue quente, a orca recebeu a infeliz denominação de "baleia assassina". Muitas pessoas temem sua ferocidade em relação ao homem. Isso, no entanto, não faz sentido. As orcas capturam e matam as suas presas para se alimentar e sobreviver. E, além disso, o homem não faz parte de sua dieta.
Na natureza, não existe nenhum relato consistente sobre um ataque intencional de uma orca a um ser humano. Várias histórias já foram contadas sobre sua ferocidade, porém sem comprovações de agressividade em relação ao homem.
A orca obedece às leis da natureza, mantendo o equilíbrio do ecossistema, ela representa o topo da cadeia alimentar. A orca não mata por prazer. Apenas captura presas suficientes para suprir suas necessidades vitais.
Infelizmente, é o homem o único animal que caça por prazer, por esporte, por divertimento, por ganância e descontroladamente.

Baleia à vista

  Durante as estações do outono, inverno e primavera, as baleias migradoras já começam a chegar aos mares temperados, subtropicais e tropicais. Algumas espécies, como a baleia-azul e a minke, migram para regiões afastadas da costa. Outras, como a franca e a jubarte, migram para para locais mais próximos à costa.
Às vezes, baleias-francas podem ser avistadas das praias, como em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul. Em algumas oportunidades, alguns pares mãe-filhote já alcançaram os estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Espirito santo.
Já as baleias-jubarte escolheram a região do arquipélago de Abrolhos, ao sul da Bahia, como área de reprodução e cria.
Em ambos os casos, podem ser observadas cenas inesquecíveis e fascinantes da relação entre as fêmeas e seus filhotes. São cenas que somente se repetirão se o ser humano respeitar esses belos mamíferos.
É possível avistar baleias tanto da terra como de barcos, porém nunca devemos nos aproximar indevidamente delas. A aproximação indevida de barcos assusta e irrita as baleias, além de atrapalhar os ensinamentos que a mãe vem passando a seu filhote, ou o momento da acasalamento, primordial para a perpetuação das espécies.
Precisamos lhes dar nosso carinho e nossa proteção para que possamos ter a oportunidade de revê-las ano após ano.


Fonte: Animais Marinhos

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